O Jubileu dos 75 anos do 31 de maio
Bellavista, Chile
O Jubileu dos 75 anos do 31 de maio – Testemunho de Maria e Luís Goes
O Jubileu dos 75 anos do 31 de maio
Testemunho de Maria e Luís Goes
Júbilo! Origem etimológica do latim: Grito de alegria.
É a primeira palavra que nos surge ao pensarmos na vivência que tivemos nos passados dias 31 de maio, 1 e 2 de junho, no Santuário de Bellavista, em Santiago do Chile!
– Partimos como peregrinos: pusemo-nos a caminho com o coração aberto e alegre, confiantes de que este Jubileu seria um tempo de encontro com Deus e com a família de Schoenstatt.
– Partimos como peregrinos aliados de Maria: sabíamos que para Ela este seria um tempo particular de graça e de distribuição de graças.
-Partimos como peregrinos, aliados de Maria e agradecidos pela vida e missão do Padre Kentenich, que a partir do Santuário e da Aliança de Amor com Maria, confiando-Lhe a missão de Schoenstatt, oferece à Igreja a riqueza da vivência dos vínculos profundos e verdadeiros a Deus, a Nossa Senhora e ao próximo!
“Vamos el uno en el outro”, foi o lema deste Jubileu.
Uma frase que foi rezada e cantada vezes sem conta nestes três dias de festa, de partilha, de oração, de adoração ao Santíssimo e de louvor e que rapidamente voltou a entrar e a ecoar em nós, como uma mensagem poderosa e cheia de significado!
“Vamos el uno en el outro“, até ao coração de Deus, por toda a eternidade”, disse e escreveu o Padre Kentenich, em 1949.
Foi, sem dúvida, a mensagem de fundo deste jubileu, uma mensagem que dele sai como permanecendo atual e que nos volta a impulsionar, no sentido de, em conjunto, uns com os outros, com a graça de Deus, na Sua Trindade Santa, e a presença atuante de Maria no meio do mundo, querermos contribuir para a construção duma Igreja que, na certeza da sua meta, se põe a caminho duma forma mais fraterna, mais crente, mais confiante, mais humilde, mais fiel, mais alegre, mais simples e verdadeira, capaz de semear a esperança, a fé e a caridade no seio de cada sociedade.
Que seria da Igreja sem ser este corpo, cuja cabeça é Cristo e cuja Mãe é Nossa Senhora?
Ali, em Bellavista, vivemos a realidade da força desta Igreja corpo de Cristo e com Maria como Mãe, Rainha e Vitoriosa, nossa fiel Aliada!
Através dos momentos de oração e dos painéis organizados de partilha e reflexão, em conjunto e duma forma muito natural, revivemos, saboreámos e voltámos a tomar consciência da intervenção divina na vida e na história de Schoenstatt, que se mistura com a realidade da nossa própria história pessoal e da de cada Schoenstatteano.
Ali, naquele lugar, tivemos provas concretas disso, através dos testemunhos, das histórias de vida homenageadas de Schoenstatteanos que já estão no Céu, dos ricos conteúdos dos diferentes painéis organizados, de conversas, partilhas e encontros pessoais tidos nos momentos de pausa, dos momentos de oração e no espírito alegre, familiar e serviçal que reinou todo o tempo.
O programa foi rico, organizado em ambiente festivo e orgânico, tendo-nos envolvido e enchido a alma do princípio ao fim.
Sem termos tido consciência na altura, experimentámos de modos muito concretos as graças do acolhimento, da transformação interior e do envio, próprias do Santuário.
Fomos acolhidos em casa dum casal da Liga de Famílias, com uma generosidade extraordinária, deveras inspiradora.
Fomos acolhidos amorosamente por todos com quem fomos estando e conversando, desde o início até ao final e depois em cada Santuário que tivemos a graça de visitar após os dias de Jubileu.
Foi uma alegria sermos acolhidos, tocados e novamente enviados por cada Sacerdote amigo e em quem sempre reconhecemos o rosto de Deus Pai.
A graça da transformação interior veio fortalecer o nosso amor e compromisso a Schoenstatt e pudemos testemunhar isso também no pequeno grupo de jovens portugueses presentes (que tanto nos alegrou!); nos seus rostos, na sua alegria contagiante, nas suas partilhas entusiasmadas, nas suas contribuições nos vários Encontros de Cenáculo (ateliers temáticos muito diversificados, onde cada um se inscreveu), nas músicas e danças com que presentearam a festa dos jovens numa das noites e nos vínculos que se estabeleceram entre nós e que nos dizem que vamos certamente “el uno en el outro” até ao coração de Deus!
Fomos realmente novamente enviados: pessoalmente, em casal, em família, como família de Schoenstatt, como Igreja e também particularmente como parte integrante da família portuguesa de Schoenstatt, como sempre nos sentimos e queremos cultivar.
Não podemos terminar esta pequena partilha sem falar do símbolo do Jubileu, que foi a Cruz da Unidade, que mostra bem a missão de Schoenstatt, e do gesto solene da colocação duma nova cruz no Santuário, oferecida pelas Senhoras de Schoenstatt, em substituição da anterior, roubada há uns meses.
Esse momento no Santuário foi especialmente celebrado e muitos partilhámos ter ali sentido duma forma especial a presença do Espírito Santo.
Há muito que fica por partilhar, mas, como dizíamos, damos muitas graças a Deus, porque nos sentimos de novo enviados, renovados no nosso amor e compromisso a Schoenstatt e, por isso, alegres, confiantes e cientes da urgência e pertinência da missão que todos temos, que nos une e nos orienta rumo ao Céu!
“Vamos el uno en el outro!”
Maria e Luis Goes